Só o simples facto de regressar à quinta da Arealva, junto ao Cristo Rei em Almada, e revisitar todas as memórias deste mítico local – e das magníficas festas aqui vividas – criava uma atmosfera de expectativa única.
A 9 de Maio de 2015, neste espaço único, juntou-se a essa atmosfera expectante, quase legendária, um artista não menos emblemático – Boris Brejcha.
À medida que a tarde ia passando, os bilhetes voavam com a chegada dos fãs ansiosos e entusiasmados, preenchendo o local como nunca antes visto. O sol já se punha no horizonte quando as portas do recinto se abriram e este se encheu rapidamente, deixando os acessos completamente caóticos.
O momento prometia ficar eternizado na memória de todos que o viveriam com emoções fortes, marcadas não só pela presença do DJ, mas também pelos acontecimentos deste serão: À meia-noite, a polícia interromperia a música e procederia pelo recinto, com o intuito de realizar uma inspeção minuciosa.
O momento de tensão deixou uma contingência no ar e, por momentos, temia-se o pior – a festa poderia terminar ali, sem tempo para o artista principal da noite!
No entanto, duas horas depois, as autoridades dariam o OK para que a festa pudesse continuar. Nesse instante, a pedido da organização, já a cabeça de cartaz havia atravessado a ponte 25 de Abril, antecipando a sua atuação.
A tensão culmina no ar até que… Uma máscara aparece na cabine, as primeiras notas começam a soar nas colunas e Boris Brejcha começa o set mais longo da sua carreira.
A conexão entre artista e público, criada neste evento, foi única e as palavras tornam-se escassas para descrever o contraste entre a magia sentida pelos que puderam viver o momento e a angústia de todos os que não conseguiram aceder ao mesmo.
9 da manhã, cinco horas depois de ter começado – e sem qualquer indicação de querer parar – ouve-se “Purple Noise”. Boris agarra o público e cria com ele uma simbiose indescritível.
Um momento que quase fracassou, tornou-se num dos eventos mais emblemáticos realizados em Almada, até à data. O restante line-up cedeu passagem ao alemão que continuou até as 10h da manhã, apenas com temas do próprio, conduzindo um evento de 8 horas nonstop numa viagem de outra dimensão, cuja apenas poderia ter sido realizada com Boris Brejcha.
A festa terminaria com o público de braços abertos, agradecendo ao rei a entrega na noite mítica de regresso ao Cristo.
A 11 de Novembro de 2022, em Lisboa, apresentar-se-á a oportunidade de reescrever um dos episódios mais bonitos da dance music em Portugal.
Escrito por Management LX Music
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